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Crise do metanol derruba consumo e afeta varejo de bebidas

Crise do metanol derruba consumo e lança alerta sobre o varejo de bebidas

ECOMMERCE
Notícias

 - 3 minutos de leitura

Crise do metanol derruba consumo e afeta varejo de bebidas
Legenda: Crise do metanol Foto: Imagem Ilustrativa
A crise provocada pela venda de bebidas adulteradas com metanol já está gerando impactos visíveis no consumo, especialmente no segmento de bebidas alcoólicas, e acende um alerta estratégico para o varejo de bebidas. Segundo dados do Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), bares registraram queda de 12,9% no faturamento entre o fim de setembro e o início de outubro em São Paulo; lanchonetes recuaram 7,6%, restaurantes 1,1%, e supermercados/hipermercados enfrentaram retração de 0,6%. 

O Ministério da Saúde informa que já há 259 notificações de intoxicação por metanol no país, sendo 24 casos confirmados e 235 em investigação. Cinco mortes foram confirmadas em São Paulo, com outros 11 óbitos em apuração.

Reação do mercado e iniciativas de proteção
A gravidade da situação motivou movimentos coordenados no setor. Em São Paulo, bares, restaurantes e distribuidores criaram a campanha “Fique Tranquilo”, com comunicação ativa da procedência dos produtos, informando fornecedores confiáveis e promovendo treinamentos sobre identificação de falsificações. 

Associações como a Abrasel-SP, ABBD e Abrabe, com apoio de empresas como Diageo, também lançaram campanhas informativas e cursos gratuitos para empreendedores aprenderem a identificar embalagens adulteradas ou irregulares.

Riscos para quem atua no varejo de bebidas

Além da queda nas vendas, o cenário impõe riscos reputacionais e desafios operacionais:
Redução na confiança do consumidor: marcas certificadas podem sofrer com a associação negativa do setor
Pressão sobre margens e estoques de distribuidores que atuam dentro da legalidade
Aumento de custos com certificações, rastreabilidade, controle de qualidade e logística diferenciada
Necessidade de adaptação a novas exigências regulatórias e certificações

Estima-se que 28% dos destilados vendidos no Brasil sejam ilegais, o que equivale a cerca de R$ 28 bilhões em impostos não arrecadados. No estado de São Paulo, o mercado ilícito de bebidas movimentou R$ 662 milhões em 2024, com perdas significativas para o varejo legal. 

Oportunidades emergentes e caminhos para recuperação

Neste momento, o varejo de bebidas deve adotar ações estratégicas:
Investir em rastreabilidade e certificação transparente, comunicando segurança ao consumidor
Integrar canais digitais e reforçar presença online, especialmente com e-commerce e delivery
Usar tecnologia para monitorar origem, controle de qualidade e logística
Reforçar comunicação de confiança, destacando parcerias, fornecedores confiáveis e certificações
Buscar inovação em embalagens inteligentes, QR codes que autentiquem origem e blockchain para rastreamento
Para marcas que atuam no setor, esses diferenciais podem fazer a diferença em um cenário de volatilidade e desconfiança.

O Grupo Ozaca Comunicação acompanha de perto esse tipo de transformação setorial. Atuamos com expertise em marketing, e-commerce e tecnologia para apoiar empresas na adaptação a crises, na comunicação de valor e na construção de estratégias resilientes.
Fonte: e-commercebrasil